Acelerador de Eficiência em Edificações recebe doação de 2 milhões de dólares na COP21
Este texto foi originalmente publicado no site WRI Cities.
Na quinta-feira (3), durante o Buildings Day na COP 21, o Fundo Global para o Meio Ambiente (Global Environment Facility – GEF) anunciou uma doação de 2 milhões de dólares para o WRI para apoiar a implementação de políticas e ações locais de eficiência em construção em cidades ao redor do mundo. A parceria foi anunciada pelo CEO e diretor executivo do GEF, Dr. Naoko Ishii, e pelo presidente do WRI, Andrew Steer. Com este apoio, o WRI Ross Centro para Cidades Sustentáveis e seus parceiros trabalharão com cidades, prefeitos, empresas e grupos da sociedade civil, a partir da parceria com o Acelerador de Eficiência em Edificações (Building Efficiency Accelerator - BEA), a fim de reduzir o consumo energético as construções.
O Acelerador de Eficiência em Edificações é uma parceria internacional de mais de 20 organizações que ajudam cidades e governos subnacionais a aumentar o ritmo das implementações de políticas de boas práticas e projetos para construções com eficiência energética. A iniciativa é centrada na transformação do mercado metropolitano imobiliário e de construção e atua como incubadora e parceira de execução para a Aliança Global para Edifícios e Construções, apoiando a transformação nacional para um ambiente de construção eficiente em energia e baixo carbono.
Celebrando o primeiro Buildings Day da história
Durante as negociações sobre o clima da COP 21, o governo francês, em conjunto com as Nações Unidas e dezenas de lideranças governamentais, empresariais e organizações sem fins lucrativos, organizou o primeiro Buildings Day da história nessa quinta-feira (3). O evento lançou a nova Aliança Global para Edifícios e Construções, destinada a estimular a adoção das melhores políticas atuais e de materiais de construção, design e tecnologias mais eficientes. A aliança pretende evitar, ao menos, 50% do crescimento de consumo energético projetado, a partir de novos prédios altamente eficientes em energia, e promover renovações profundas nas edificações existentes até 2030. Se implementadas, essas medidas devem impedir cerca de três gigatoneladas de emissões de CO2 até 2050. Seria o equivalente a tirar 630 milhões de carros das ruas por um ano.
Os edifícios são responsáveis por cerca de 1/3 da demanda energética global e 1/4 das emissões de gases de efeito estufa (GEE). Sem as ações, a expectativa é de que as emissões de GEE dobrem ou tripliquem até 2050. Mas um caminho alternativo é possível: com as tecnologias existentes, pode-se reduzir o uso da energia nas construções e suas relativas emissões em um terço no mesmo período – mesmo que os serviços de energia e as áreas construtivas aumentem. A parceria do Acelerador de Eficiência em Edificações terá um papel importante em habilitar as cidades a fazerem as mudanças necessárias para atingirem esses objetivos.
O que US$ 2 milhões representam para o Acelerador de Eficiência em Edificações
Com o apoio do GEF, a parceria envolverá um total de 50 cidades, das quais 30 se comprometerão com políticas, projetos e acompanhamento. Dentre essas 30, a Cidade do México e outras cinco receberão colaboração e suporte mais intensivos. Dependendo das necessidades da cidade, poderão ser incluídas ações coordenadas em planejamento, avaliação e priorização de políticas de eficiência em construção, suporte técnico, redução de objetivos, certificação de edifícios, financiamento, análise de concorrência e políticas de divulgação.
Cada cidade que se unir ao Acelerador de Eficiência em Edificações irá:
1) Comprometer-se em implementar uma nova política ou atualizar as existentes;
2) Realizar um projeto como renovação ou construção de novos edifícios eficientes;
3) Mensurar e comunicar os progressos em relação aos objetivos de energia e clima.
Em resumo, essa parceria global irá compartilhar as melhores práticas, alavancar a experiência no mercado e apoiar as cidades aspirantes a acelerar políticas e ações. Os principais mecanismos empregados incluem assistência técnica, desenvolvimento de parcerias com a base local, a fim de criar ações conjuntas de oferta e demanda para os dois lados do mercado da eficiência em edificações, equipe e recursos.