Transporte e Saúde Pública - Exposição Pessoal à Poluição do Ar

Foto: Adam Jones

O objetivo é quantificar o impacto das intervenções na exposição de passageiros de transporte coletivo urbano e moradores da região pesquisada à poluição do ar. As intervenções no transporte coletivo que auxiliam na redução da poluição do ar são: adoção de filtros e catalisadores na frota de ônibus, mudança para combustíveis mais limpos, adoção de sistemas de transporte mais rápidos e eficientes (BRT), etc. 

A exposição pessoal à poluição atmosférica representa o nível de poluição a que cada indivíduo está exposto, e depende da concentração de poluentes em cada local e do tempo ali despendido. O impacto da poluição do ar na saúde é variado: decréscimo das funções pulmonares, asma, batimentos cardíacos irregulares e ataques cardíacos, câncer e morte prematura para indivíduos com doenças cardíacas e pulmonares.


Foto: Let Ideas Compete

O estudo determina as concentrações de material particulado fino (PM2.5) e dióxido de nitrogênio (NO2) através do uso de equipamentos específicos para a aferição destes poluentes instalados em locais determinados no entorno da intervenção. A medição de poluentes pode ser realizada somente nos horários de pico ou durante 24 horas, para avaliar a dispersão dos poluentes ao longo do dia e noite.


  • Belo Horizonte

Em parceria com a BHTRANS – Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte - e o Laboratório de Estresse Oxidativo e Poluição Atmosférica da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), o WRI Brasil | EMBARQ Brasil realizou o estudo de exposição pessoal na zona central de Belo Horizonte, antes da implementação do sistema MOVE.


 (Foto: Mariana Gil / WRI Brasil Cidades Sustentáveis)

O estudo foi realizado em novembro de 2011 nas Avenidas Paraná e Santos Dumont, área central da capital mineira onde atualmente circulam linhas de BRT (Bus Rapid Transit). Os equipamentos foram colocados em pontos de parada de ônibus de grande demanda, onde atualmente estão localizadas estações BRT.


(Foto: WRI Brasil Cidades Sustentáveis)

Os dados recolhidos foram armazenados para serem comparados com a futura aferição que será realizada pelo menos um ano após o inicio das operações do BRT nos mesmos locais.


  •  Rio de Janeiro 

Com apoio da Secretaria Municipal de Transportes (SMTR), o WRI Brasil Cidades Sustentáveis realizou medições de poluentes no entorno do corredor BRT TransCarioca em parceria com o Laboratório de Estresse Oxidativo e Poluição Atmosférica da UFCSPA. O objetivo foi avaliar a concentração de poluentes a que os passageiros estavam expostos ao esperar pelo embarque e durante o percurso.


Foto: TransCarioca

O estudo foi realizado no trecho Madureira - Penha em novembro de 2011, antes do início da construção do BRT. Os equipamentos de medição de poluentes foram colocados em três pontos de parada de ônibus de grande demanda, onde atualmente estão localizadas estações BRT: no Mercadão de Madureira, ao lado da estação de metrô de Vicente de Carvalho e no Largo da Penha. Equipamentos móveis foram utilizados para medições de PM2.5 a bordo de ônibus que realizavam o trajeto Madureira-Penha durante o horário de pico.


(Foto: Mariana Gil / WRI Brasil Cidades Sustentáveis)

O estudo será realizado novamente cerca de um ano após o início da operação plena do BRT na cidade. Desse modo será possível estimar o impacto que o TransCarioca causou para a qualidade do ar daquela região.


  • Porto Alegre

Em Porto Alegre, o estudo sobre o impacto da poluição atmosférica aos usuários de transporte coletivo urbano e moradores da região pesquisada foi realizado em 2007. O estudo foi realizado em parceria com a EPTC – Empresa Pública de Transportes e Circulação - e o Laboratório de Estresse Oxidativo e Poluição Atmosférica da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).


Foto: Luciano Lanes

A pesquisa avaliou a concentração de poluentes em diferentes pontos da cidade por onde o planejado sistema BRT (Bus Rapid Transit) estava previsto a passar. Além disso, algumas medições foram feitas na zona central da cidade. O estudo serviu de base para a criação da publicação “Measuring the Invisible”.

 

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