Transporte e Saúde Pública - Atividade Física e Qualidade de Vida

Foto: Prefeitura o Rio de Janeiro 

O estudo tem por objetivo identificar os níveis de realização de atividade física pelos moradores do entorno de uma intervenção, e sua percepção sobre o ambiente construído e a qualidade de vida. Um projeto de transporte coletivo pode favorecer a atividade física através de elementos como: calçadas amplas e em boas condições, principalmente no entorno dos pontos de parada e estações, infraestrutura para o uso de bicicleta integrada com o sistema de transporte coletivo, baixas velocidades do tráfego no corredor e entorno, etc. Além disso, a qualificação de espaços públicos, o uso do solo e a percepção de segurança pública na região também afetam  a realização de atividade física.


Belo Horizonte, MG (Foto: Mariana Gil / WRI Brasil Cidades Sustentáveis)

A Organização Mundial da Saúde recomenda a realização de pelo menos 150 minutos de atividade física por semana. Os tipos de atividade física que trazem benefícios à saúde incluem atividades de intensidade moderada, como caminhar e andar de bicicleta, e evidências comprovam que o transporte público e uma infraestrutura segura de transporte não-motorizado podem aumentar a taxa de realização dessas atividades. O transporte ativo – caminhada e uso da bicicleta – traz benefícios à saúde ao reduzir as doenças relacionadas ao sedentarismo e combater a obesidade.


Rio de Janeiro, RJ (Foto: Mariana Gil / WRI Brasil Cidades Sustentáveis)


 

  • Rio de Janeiro

Com apoio da Secretaria Municipal de Transportes (SMTR), o WRI Brasil Cidades Sustentáveis conduziu uma pesquisa com moradores do entorno do BRT TransCarioca antes do início das obras do corredor. Participaram da pesquisa cerca de 3 mil moradores que vivem em um raio de até 500 m do trecho compreendido entre as estações BRT de Madureira e Penha.

O estudo avaliou o nível de atividade física (caminhada e uso da bicicleta) realizada pelos entrevistados, e a relação deste nível com os modos de transporte  geralmente utilizados pelos respondentes em seus deslocamentos diários. Os resultados indicaram que aqueles que utilizam modos motorizados de transporte têm menor probabilidade de atingir os níveis recomendados de atividade física. 

A pesquisa também abordou questões relacionadas ao ambiente urbano, como a satisfação com as condições das calçadas e demais espaços públicos e de circulação, identificando possíveis formas de melhorar as taxas de caminhada e de uso da bicicleta. Além disso, foram avaliados aspectos subjetivos de qualidade de vida, com cerca de 60% dos entrevistados classificando sua qualidade de vida em geral como “boa" ou “muito boa”.

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