Auditoria de Segurança Viária em Corredores de Ônibus e BRT
Para aumentar a segurança do trânsito em corredores de ônibus e BRT, o WRI Brasil Cidades Sustentáveis realiza auditorias de segurança viária. O traçado do corredor, o acesso às estações de ônibus e as sinalizações das vias são os pontos avaliados nos relatórios finais. A auditoria de segurança propõe alterações de layout no projeto que podem reduzir o número de acidentes e diminuir o número de mortes no trânsito no trecho auditado em até 40%.
Além disso, há possível redução de custos. Por ser feito antes da implantação das linhas de BRT, o estudo proporciona economia aos cofres públicos, uma vez que é menos oneroso modificar desenhos de projetos do que reabilitar instalações já em operação.
Os relatórios finais de auditoria de segurança viária são entregues às Prefeituras e aos departamentos responsáveis propondo alterações técnicas que podem tornar os novos sistemas mais seguros, salvando vidas no trânsito.
Esta atividade faz parte do Bloomberg Global Road Safety Program.
Auditorias e inspeções de segurança viária já realizadas
- Auditoria no corredor BRT de Brasília (DF)
(Foto: Mariana Gil / WRI Brasil Cidades Sustentáveis)
No intuito de garantir mais segurança aos usuários de seu novo sistema BRT, a Prefeitura de Brasília firmou parceria com o WRI Brasil Cidades Sustentáveis para realizar uma auditoria de segurança viária no trecho BRT Eixo Sul.
A avaliação foi realizada em julho de 2013, ao longo do percurso do novo corredor, incluindo terminais e estações. Inaugurado em junho de 2014, o Eixo Sul possui 44 km de extensão, 15 estações e cinco terminais, conectando Brasília a Gama e Santa Maria.
- Auditoria nos corredores BRT de Belo Horizonte (MG)
(Foto: Mariana Gil / WRI Brasil | EMBARQ Brasil)
A capital mineira se tornou referência de mobilidade urbana sustentável desde a inauguração do BRT MOVE, em março de 2014. Cerca de 700 mil pessoas são beneficiadas, diariamente, pelo novo sistema. No intuito de garantir mais segurança aos clientes, a Prefeitura de Belo Horizonte, através da BHTRANS, firmou parceria com o WRI Brasil Cidades Sustentáveis para a realização de auditorias de segurança viária nos principais trechos do BRT.
As regiões auditadas pelos especialistas do WRI Brasil Cidades Sustentáveis foram a Área Central e os corredores Antônio Carlos; e Cristiano Machado.
- Auditoria nos corredores BRT do Rio de Janeiro (RJ)
(Foto: Mariana Gil / WRI Brasil Cidades Sustentáveis)
O Rio de Janeiro é um dos exemplos de cidades que se preocuparam em deixar um bom legado à população após a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. A cidade está implementando aproximadamente 160 km de corredores BRT para transportar a demanda através de um sistema de transporte público eficiente, integrado e confortável.
Desde 2011, a equipe técnica do WRI Brasil Cidades Sustentáveis vem realizando auditorias de segurança viária nos corredores BRT em operação da capital fluminense: TransOeste e TransCarioca.
TransOeste: liga a Barra da Tijuca a Santa Cruz e Campo Grande. O Transoeste tem 56 km de extensão e 53 estações de BRT. TransCarioca: liga a Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional Tom Jobim. Com 39 km de extensão, a via cruza bairros como Madureira, Vicente de Carvalho e Penha, depois de cortar toda a região de Jacarepaguá.Além dos corredores, também o projeto de estações do BRT carioca passou por análise técnica.
- Auditoria nos corredores de ônibus de Joinville (SC)
(Foto: Mariana Gil / WRI Brasil Cidades Sustentáveis)
A cidade de Joinville conta hoje com projeto para implantação de 55 km de faixas de ônibus. A rede dedicada ao transporte coletivo passa por projetos de requalificação como parte do Plano de Mobilidade da cidade - PlanMOB, que tem entre seus objetivos aumentar de 25% para 40% o uso do ônibus na cidade em até 15 anos. Com a segurança de seus usuários em vista, a cidade recebeu uma auditoria de segurança viária no projeto de sua rede de corredores, realizada pelo WRI Brasil Cidades Sustentáveis, em agosto de 2014.
As recomendações de segurança a partir da auditoria têm o potencial de serem incorporadas aos desenhos de toda a rede e integra as ações de definição do Plano de Mobilidade Urbana de Joinville.
- Inspeção em corredores de ônibus de São Paulo (SP)
(Foto: Mariana Gil / WRI Brasil | EMBARQ Brasil)
Com o suporte da SPTrans e da CET-SP, a equipe técnica do WRI Brasil Cidades Sustentáveis analisou o trecho de 10 km do corredor Santo Amaro/Nove de Julho. Os pesquisadores analisaram com detalhes o comportamento dos pedestres e os elementos da infraestrutura viária que podem estar contribuindo para os acidentes de trânsito na região.
Os resultados das observações levantadas em outubro de 2011 visam contribuir com a redução de mortes e feridos por acidentes de trânsito neste corredor e servir de exemplo para os demais.
- Inspeção em corredores de ônibus de Porto Alegre (RS)
(Foto: Mariana Gil / WRI Brasil Cidades Sustentáveis)
Em outubro de 2011, a equipe do WRI Brasil Cidades Sustentáveis analisou pontos de maior frequência de acidentes envolvendo pedestres e veículos ao longo de corredores exclusivos para ônibus em Porto Alegre (RS). Foram observadas avenidas com intenso fluxo de pessoas e carros, como Av. Osvaldo Aranha e Av. Sertório.
Cada ponto com alto índice de acidentes com feridos e/ou mortes, segundo dados registrados pela EPTC – Empresa Pública de Transporte e Circulação, passou pela inspeção. No processo, foram avaliados os possíveis fatores que influenciam na segurança dos pedestres e motoristas, como tempo dos semáforos para travessia, condições do asfalto, acessibilidade e sinalizações.
O diagnóstico desses pontos específicos e as recomendações e melhoria visam contribuir com a redução de acidentes no trânsito nestes e demais corredores de ônibus da capital gaúcha.
- Inspeção em corredores de ônibus de Curitiba (PR)
(Foto: Mariana Gil / WRI Brasil Cidades Sustentáveis)
Em 2011, foi conduzida uma inspeção de segurança viária em dois eixos da RIT (Rede Integrada de Transporte) de Curitiba: o Eixo Sul, com 9,7 km de extensão; e o Eixo Boqueirão, com 10,7 km.
Além do relatório com recomendações à Prefeitura, o trabalho também contribuiu para a publicação “Segurança Viária em Corredores de Ônibus”, de 2012.