Há um ano, um encontro de mulheres engajadas na temática da mobilidade urbana de São Paulo proporcionou a oportunidade de debater desafios e propor melhorias urbanas sob a perspectiva de gênero. Da união das cerca de 100 pessoas presentes, majoritariamente mulheres, concluiu-se que espaços de discussão como aquele precisavam ser multiplicados e dar origem a grandes ideias e propostas à capital paulista.
Dezembro 2017
LONDRES (12 de dezembro de 2017) – A cada ano, o prêmio Prince Michael International Road Safety reconhece as maiores realizações e inovações para melhorar a segurança viária e salvar vidas no mundo. Na terça-feira, 12 de dezembro de 2017, o WRI Ross Center for Sustainable Cities foi nomeado vencedor do prêmio em reconhecimento ao significativo trabalho para reduzir as mortes no trânsito em cidades de baixa e média renda através do transporte sustentável e do desenho urbano.
Os primeiros serviços de transporte sob demanda por aplicativos surgiram em 2010. Nesses sete anos, milhares de pessoas aderiram e eles já são vistos como uma opção natural dentro das alternativas de transporte urbano. A rápida disseminação causou grande impacto nas cidades, embora ainda não existam dados muito precisos sobre o tamanho dessa transformação, especialmente nas cidades do hemisfério sul.
A plataforma global BRTData, gerenciada e atualizada pelo programa de Cidades do WRI Brasil, foi listada como um dos dez melhores sites para planejadores de 2017.
Artigo escrito por Luis Antonio Lindau e publicado originalmente na Revista NTU Urbano.

Estação do MOVE em Belo Horizonte: cidades podem explorar fontes alternativas de financiamento para viabilizar sistemas de transporte coletivo de qualidade (Foto: Mariana Gil/WRI Brasil)
Em São Paulo, 83% dos moradores afirmam estar dispostos a deixar de usar o carro – desde que possam contar com uma boa alternativa de transporte. O desejo pode ser creditado ao declínio da era do automóvel: os carros ocupam a maior parte do espaço viário, transportam menos pessoas, poluem mais e geram congestionamentos que afetam a produtividade e a qualidade de vida.

Bogotá está na fase inicial da implantação de zonas de baixa velocidade que devem garantir mais segurança aos pedestres. (Foto: Pedro Szekely/Flickr-CC)
Há anos, Bogotá carrega o título de ser um modelo de sucesso internacional com a implementação do seu sistema Bus Rapid Transit (BRT), o TransMilenio. Além de servir ao transporte coletivo da capital colombiana, o sistema melhorou a qualidade do ar de Bogotá, especialmente ao longo de suas rotas, e aumentou significativamente a segurança viária, fazendo com que as fatalidades no trânsito caíssem 60% em 10 anos.
Depois de apresentarem seus projetos, as 11 cidades da Rede Nacional para a Mobilidade de Baixo Carbono têm agora o desafio de tirar as Ruas Completas do papel. São muitos os desafios, sejam eles econômicos, políticos, técnicos ou de governança.
Juiz de Fora, em Minas Gerais, poderá ter muitas Ruas Completas no futuro. Além da transformação nas ruas Marechal Deodoro e Batista de Oliveira apresentada na semana passada, tornando esses eixos do comércio da cidade em espaços com prioridade para pedestres, o município terá no futuro profissionais capacidados para explorar o conceito em seus projetos.
Pouco mais de meio ano depois do lançamento da Rede Nacional para a Mobilidade de Baixo Carbono, chegou a hora de compartilhar as experiências de cada município no desenvolvimento dos projetos de Ruas Completas.